Reflexões do Rosário - VI

A  – SOBRE O PAI-NOSSO
 
1 – No Rosário rezamos, como orações vocais, o Pai-Nosso, a Ave-Maria e o Glória-ao-Pai
 
O Pai-Nosso, que tantas vezes rezamos na nossa vida, foi ensinado pelo próprio Jesus a seus discípulos. Tinham-Lhe dito os Apóstolos: «Senhor, ensinai-nos a orar». E Jesus respondeu: «Quando rezardes, dizem assim:
Jesus, que é Deus e Homem, adaptou-se em tudo ao modo de ser dos seus ouvintes, pessoas simples e naturalmente retas, bem intencionadas e com fome e sede da verdade e do bem. Em sua doutrina e modo de falar, sem deixar de ser sublime, era duma simplicidade que iluminava, arrastava e seduzia as pessoas que corriam em seu seguimento para O escutar.
A sublimidade e a simplicidades eram notas características de sua doutrina e de sua vida. São notas que encontramos também ao ler os Santos Evangelhos.
Por isso o Pai-Nosso é também oração sublime e simples. Por sua simplicidade todos o podem aprender, rezar e, de algum modo, entender, ao menos, no indispensável. Quem não é capaz de aprender o Pai-Nosso? Qual o cristão que não sabe e nunca recitou o Pai-Nosso?
Por sua sublimidade nunca será rezado com toda a perfeição. Orar é falar com Deus. No Pai-Nosso falamos com Deus, nosso Pai dos Céus. E quem de nós pode, por melhor que fale e reze, falar e rezar dignamente a Deus que é infinito?
 
2 – Quais são as principais excelências desta oração tão bela?
 
As excelências do Pai-Nosso podem reduzir-se a quatro que sintetizam todas as outras:
 
Primeira excelência: – Tem por autor o próprio Filho de Deus, feito Homem, Jesus Cristo, que nos ensinou nele a orar, isto é, a comunicar com Deus Pai e a pedir o seu auxílio divino.
 
Segunda excelência: – A sabedoria do Pai-Nosso reflecte a sabedoria infinita do divino Mestre e resume, em certo modo, toda a sua Mensagem evangélica. Já Tertuliano, e com razão, chamava a esta oração «substância e breviário (resumo) do Evangelho». Em verdade só estas palavras Pai-Nosso já resumem tudo que nos ensina a Teologia, o Catecismo, todos os dogmas da nossa Fé.
 
Terceira excelência: – É uma norma perfeita e segura de vida cristã porque nos ensina como devemos comportar-nos como filhos de Deus que o somos pelo baptismo, estabelece e indica-nos o que devemos amar, desejar e pedir, ordenando-lhes, assim, todos os afetos da nossa alma.
 
Quarta excelência: – É um método insuperável de oração. É oração de orações, e fórmula perfeitíssima de praticar a mesma oração. É método porque nos diz que, ao tratar com Deus e ao pedir-Lhe o seu auxílio, o devemos fazer como um filho faz com o seu pai e lhe pede os seus favores.
 
Nenhum outro método, por mais competente que seja este ou aquele autor de vida espiritual que o ensine, pode rivalizar com este que nos deixou Jesus. É oração de orações porque contém a substância das outras orações por mais longas, numerosas e bem compostas que sejam.
 
3 – Quais são as partes em que se divide o Pai-Nosso?
 
O Pai-Nosso compreende quatro partes e sete petições.
 
A primeira parte é uma invocação em que dizemos: «Pai Nosso, que estais nos Céus…». Com estas palavras invocamos a Deus, tornando-O propício connosco, suscitamos em nós a fé, a confiança e o amor de filhos de Deus que o somos pela divina graça, quando não estamos em pecado grave. Recordamos que Deus está nos Céus, o seu trono de glória, e excitamo-nos a desejar e a pedir a sua glória e o Céu, como nossa herança, depois da morte. Isto mesmo nos lembra o Catecismo e a Teologia quando nos dizem que «Deus nos criou para O conhecer, amar e servir nesta vida e para O gozarmos depois na outra (nos Céus)».
 
A segunda parte, move-nos a desejar e a pedir a consecução do nosso último fim: dar glória a Deus e alcançar a eterna bem-aventurança com a qual participaremos da glória divina e nos salvados. Tem duas petições:
 
1º – «Santificado seja o vosso nome», petição que nos convida ao zelo por tornar a Deus mais conhecido e mais glorificado. Bem vivida, esta petição leva-nos a ser apóstolos sinceros e zelosos porque Deus seja conhecido, adorado, louvado, amado e servido por todos os homens.
2º – «Venha a nós o vosso Reino». Esta petição leva-nos a pedir a Deus que nos faça possuidores do seu Reino de glória, no mundo pela vida de fé e pela vida da graça: na outra vida pela luz da glória.
 
A terceira parte ensina-nos e leva-nos a desejar e a pedir os meios indispensáveis para alcançar o fim para que estamos neste mundo e que já lembrámos. O meio principal é viver conforme à vontade divina; o meio instrumental é ter o necessário para a alma e para o corpo. Esta terceira parte compreende também duas petições do Pai-Nosso:
 
3º – «Seja feita a vossa vontade, assim na terra como nos Céus». Só pelo cumprimento exato da vontade de Deus, cá no mundo, como fazem os Anjos e os Santos nos Céus, Deus permite mereçamos glorificá-lo e salvar-nos, sendo felizes eternamente. É o que suplicamos nesta petição.
 
4º – «O Pão nosso de cada dia nos dai hoje». Imploramos nesta petição o que é necessário para a alma e o corpo. O pão da alma é a fé, é a graça de Deus, e, sobretudo, o pão vivo da Eucaristia em que recebemos ou comungamos o Corpo e o Sangue de Jesus. O pão do corpo são todas as coisas materiais que necessitamos para manter a vida corporal enquanto vivemos no mundo.
 
A quarta parte exprime o desejo e o pedido de que Deus nos livre dos males que podem impedir-nos de agradar a Nosso Senhor e de nos salvarmos. Estes males são de três espécies: o mal passado, isto é, o pecado, sobretudo mortal, (e também, em sua maneira, o venial) que nos condena ao inferno e nos afasta do Céu; o mal futuro ou a tentação que nos afasta se caímos e consentimos nele, do cumprimento exacto da vontade do Senhor a nosso respeito, e o mal presente, isto é, a pena ou sofrimento que vem a tornar difícil a prática da virtude. Compreende as últimas três petições do Pai-Nosso: 
 
5º – «Perdoai-nos as ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido». É o Mandamento do amor a Deus e ao próximo que ordena perdoemos aos nossos irmãos para que Deus nos perdôe a nós.
 
6º – «E não nos deixeis cair em tentação». Nesta petição imploramos a Nosso Senhor que, se permite sejamos tentados, nos dê a sua graça para não nos acobardarmos a nossa virtude e merecermos a glória do céu.
 
7º – «Mas livrai-nos do mal…». Pedimos a Deus ponha remédio às nossas misérias, desgraças, calamidades para que os nossos sofrimentos, tribulações e penas não nos afastem dEle que é nosso Pai, nem neste mundo, nem, sobretudo, no outro. 
 
 
B  – SOBRE A AVE-MARIA
 
1 – E a Ave-Maria? Quem a compôs?
 
A Ave-Maria, é também de origem divina. A primeira parte da oração da Ave-Maria propriamente dita, é saudação que o Arcanjo S. Gabriel dirigiu a Nossa Senhora quando lhe comunicou que Deus A escolhera para ser Mãe do Filho de Deus. É S. Lucas quem, no seu Evangelho, diz que o Arcanjo S. Gabriel, ao entrar onde se encontrava Maria, A saudou desta maneira: «Ave – Deus vos salve – cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres». (Luc. 1,28).
 
Esta é a razão porque chamamos à Ave-Maria «Saudação Angélica». As outras palavras desta primeira parte, ou Ave-Maria propriamente dita, «bendito é o fruto do vosso ventre» foram dirigidas – diz também S. Lucas (Luc. 1,42) – a Maria por santa Isabel a quem Maria foi visitar e com quem esteve nos três meses, logo a seguir à Anunciação do Mistério da Encarnação pelo Anjo. A Igreja, no decorrer dos séculos, acrescentou o nome de Maria à palavra Ave, e o nome de Jesus dizem muitos que, a pedido da Ordem Dominicana, ao final.
 
A Santa-Maria, ou segunda parte, foi composta gradualmente pela Igreja que assim resumiu numa fórmula toda a piedade e confiança dos fiéis em Nossa Senhora. Vem já dos tempos do Papa S. Pio V.
 
2– Tal como acontece com o Pai-Nosso, também na Ave-Maria, composta por inspiração divina, seguindo explicámos resplandece uma ordem admirável, quer no modo de louvar e invocar a Mãe de Deus, quer naquilo que lhe pedimos. Comecemos pela primeira parte, a Saudação Angélica. Nela proclamamos a grandeza, a excelência e a dignidade de Nossa Senhora: «Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco…». A seis se resumem as considerações sobre esta primeira parte:
 
1a – Ave, Maria: – Manifestamos com estas palavras a saudação a Maria a nossa maior estima e benevolência para com a Mãe de Deus: –Ave, Maria significa «Deus Vos salve, Maria» isto é: Deus vos guarde, Deus vos seja propício, Deus seja o vosso Bem.
 
2a – Cheia de Graça: palavras que resumem e compendiam todas as suas perfeições e todo o louvor e reverência de que é digna. Cheia de Graça quer dizer possuidora de todo o bem, de todos os tesouros divinos, obra soberana da sabedoria, do amor e da omnipotência de Deus que, como nós cantamos em português, fez dela a «obra mais sublime que saiu das mãos de Deus». Cheia de beleza e encanto. Toda sois bela, ó Maria, canta ainda a Liturgia da Igreja. Maria, porque é cheia de graça, tem em si todas as perfeições que a graça de Deus infunde e traz às almas. A graça, o bem da vida divina em nós, diviniza a alma e dá-lhe posse e participação nos bens divinos.
Maria recebeu de Deus uma plenitude ou abundância da graça divina correspondente à sua dignidade sublime de Mãe de Deus que é quase infinita. Ela, como Mãe de Deus, como que atinge a própria Divindade, excede seperabundantemente todas as outras criaturas, inclusive os Anjos e os Santos todos juntos. Todos os outros lhe são inferiores. Por isso, acima d’Ela, quanto à graça, só está Deus, só está Jesus.
 
3a – Esta plenitude ou abundância de graça é explicada pelo próprio Arcanjo S. Gabriel quando acrescentou: O senhor é convosco…
Por isso Maria á a «Cheia de Graça», é a mais divina de todas as criaturas. Nela mora e habita a Divindade, o próprio Deus, a Santíssima Trindade cuja vida infinita se comunicou a Maria que, mais que ninguém, mantém uma perfeitíssima vida íntima com as Três Pessoas Divinas. O Senhor é convosco. Maria como que está revestida do Sol da Divindade. Deus inundou-A da sua vida e preparou-A para ser digna Mãe de Deus, quanto à alma e quanto ao corpo, em cujo seio Ela deu a sua mesma vida humana ao Filho de Deus que quis também ser Filho de Maria.
 
4a – Esta é a razão porque Ela é bendita entre todas as mulheres: não só entre algumas, mas entre todas Ela é superior. Toda formosa, toda bela, toda imaculada porque cheia da graça divina. Foi isenta de toda a culpa, de toda a maldição do pecado. Ela é a eleita como o Sol, a agraciada, a íntima de Deus, conhecedora e a participante dos seus segredos. Bendita entre as mulheres, a preferida por Deus que a tornou sua Mãe, sem deixar de ser Virgem. Em Deus Ela achou graça, reparando a infâmia da primeira mulher e merecendo bênçãos para toda a Humanidade. Bendita entre as mulheres. Das mulheres nascemos para a vida mortal. De Maria nascemos para Deus com Cristo. O seu Coração é mais maternal que o de todas as mães da terra. Bendita entre as mulheres, porque Jesus é o fruto bendito da sua Maternidade divina.
 
5a – Bendito é o fruto do vosso ventre. Bendito porque é o Filho de Deus. Vosso fruto, porque de Maria nasceu Ele como Homem-Deus. Bendito fruto para Vós, pois Vos inundou com a sua bênção divina. Vosso bendito fruto para nós porque em Jesus todos nós somos abençoados para Deus. Bendito, portanto, o fruto bendito do vosso ventre, ó Maria.
 
6a – Jesus. O fruto é Jesus. Jesus é, para Maria, o seu amor, a sua vida, a sua glória, o seu Primogênito. Para nós, Jesus é o nosso Salvador e Santificador em união com o Pai e o Espírito Santo, é o nosso Irmão mais velho.
 
3 – Na Santa-Maria resplandece uma ordem semelhante à da Ave-Maria
 
Certamente porque a Santa Igreja que a compôs, aprovou e põe nos lábios dos cristãos, os seus filhos, tem a assistência do Espírito Santo que deixa o seu seio divino em tudo o que faz, manda e ensina a mesma Igreja. O fim da Santa-Maria é pedir a Nossa Senhora que nos alcance três coisas: O perdão dos pecados, a graça de viver santamente, como filhos de Deus e seus filhos, e a graça de morrermos na amizade com Deus.
 
1o – Santa Maria, Mãe de Deus. Proclamamos a sua dignidade e o seu imenso poder em relação a nós, pobres mortais. É o mesmo que dizer: «Ó Maria, porque sois santa, possuís em abundância a graça do Senhor que vos cumulou de seus dons divinos, que vos divinizou a ponto de vos tornar sua mãe, vós sois a Mãe da divina graça, a dadora de Jesus ao mundo, às almas e, com Jesus, a santificadora das almas, a nossa Mãe, a Mãe de misericórdia que tudo podeis junto de Deus.
 
2o – Rogai por nós, pecadores. Pedi porque sois atendida. Vós sois a Omnipotência Suplicante, Deus nada vos nega a favor dos filhos dos homens que, embora pecadores, somos vossos filhos. Rogai por nós que fomos pecadores, que podemos continuar a pecar, apesar de cristãos e filhos de Deus pelo Baptismo, e só por nós não estamos seguros de morrer na graça de Deus na de vosso Filho Jesus e na vossa. Por isso:
 
3o – «Rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte». Rogai por nós que somos pecadores; alcançai-nos o perdão. Rogai por nós, agora, isto é, em todos os momentos e instantes da nossa vida para vivermos sempre em graça e nunca mais cairmos no pecado.
 
4o – E na hora da nossa morte para que, vivendo até à morte a amar a Deus, a Jesus e ao próximo, alcancemos a maior graça da vida, a perseverança final e nela andemos, até à nossa entrada na eternidade.
 
Amém: Sim, ó Maria, assim é, que sempre assim seja.
 
4 – Depois da Oração do Pai-Nosso, a Ave-Maria é a oração mais bela.
 
É a que mais fala ao Coração Imaculado de Nossa Senhora e ao das almas dos que se consideram seus filhos e A invocam como Mãe. Por isso, depois do Pai-Nosso, ela é de uma importância capital na vida dos cristãos e da mesma Igreja. Com a Ave-Maria a santa Igreja proclama as grandezas e excelências da Virgem, Mãe de Deus e Mãe nossa, e pede a sua intercessão de Mãe da mesma Igreja e Advogada dos pecadores. Através dos séculos, tem sido e continua a ser para todas as gerações humanas o hino sacrossanto de louvor e súplica a Maria.
 
Hoje, como quando da Anunciação do Anjo S. Gabriel e da Visita a Santa Isabel, a Ave-Maria é a oração mais grata a Maria. Então, quando da Anunciação, como diz o Dominicano Pe. Lacordaire (Vida de S. Domingos cap. 7): «em suas entranhas Ela concedeu o Verbo de Deus que se fez homem; agora, todas as vezes que lábios humanos repetem estas palavras, que foram sinal de sua Maternidade, comovem-se as suas entranhas, ao recordar o momento que não teve semelhante nem nos Céus nem na Terra…»
 
É bem verdade, como diz o Pe. Rostán, (citado por Edelvives – Reyna Y Madre, nº 787 pg. 395 – Zaragoya, 1943) que: «de tudo o que fica exposto mais acima, se concluir que a Ave-Maria proclama as grandezas da santíssima Virgem, exalta as suas perfeições e virtudes. Manifesta-nos o seu poder ilimitado sobre o Coração de seu divino Filho e as suas misericórdias inesgotáveis para com os seus pobres filhos da terra, (que somos nós). Infunde em nossas almas grande admiração d’Aquela que é Mãe de Deus e nossa Mãe. Nesta saudação encontramos a expressão de todos os sentimentos que nutrem os nossos corações para com esta poderosa Rainha, toda cheia de bondade e doçura para connosco.
 
E ainda há quem não estime ser apóstolo do Rosário que é o mesmo que ser apóstolo da Ave-Maria! E, o que é pior, ainda há cristãos que se cansam e não gostam de rezar a Ave-Maria!
 
 
C  – SOBRE O GLÓRIA-AO-PAI
 
  1 – O Glória-ao-Pai é uma das principais fórmulas que a Santa Igreja usa, desde tempos muito antigos, para glorificar a Santíssima Trindade. Reza-se no final de cada Mistério do Rosário em virtude de um costume universal do povo cristão. A Igreja chama ao Rosário o Breviário (hoje Liturgia das Horas) do povo cristão. Assim como os sacerdotes e religiosos no fim de cada salmo rezam o Glória-ao-Pai, por semelhança, começou-se a rezá-lo também no Rosário.
 
  2 – A Igreja, Corpo Místico de Cristo e sua Esposa, tem obrigação de levar os homens em particular e coletivamente a viverem aquela divisa de S. Paulo «in laudem gloriae Dei». Glorificar a Deus, a S.ma Trindade, é a razão de ser de cada um de nós no mundo, como criaturas, como cristãos; é a razão de ser também da mesma Igreja. O Glória-ao-Pai, que todas as pessoas podem rezar, e, de algum modo, entender e viver, é uma expressão perfeita que traduz o nosso desejo de, como cristãos e membros da Igreja, tributarmos ao Altíssimo a glória divina que de nós exige. O Glória-ao-Pai leva-nos a prestar à S.ma Trindade a homenagem mais pura e divina do nosso reconhecimento, amor, adoração e louvor à sua excelência divina.
 
3 – A excelência da Trindade Beatíssima é eterna e infinita. Eterna e infinita deve ser a homenagem de glorificação que lhe devemos tributar. É a mesma coisa que dizermos «desde sempre, agora e para sempre: Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo».
 
4 – São muitas as razões particulares que justificam a recitação do Glória-ao-Pai no Rosário e tantas vezes quantas são os Mistérios. Podemos reduzi-las a quatro:
 
1º – A glorificação e o reconhecimento para com a S.ma Trindade são o fim essencial da Redenção, operada, por Cristo, cujos Mistérios se identificam com os da Virgem e têm a mesma razão de ser. O Rosário comemora, revive esses mesmos Mistérios por meio dos quais glorificamos, com Jesus e Maria, as Três Pessoas.
 
2º – A excelência e grandeza da Trindade Santíssima possuía por Jesus como Unigénito do Pai que se reflecte na Humanidade de Cristo e também, em certa maneira, na Virgem, Mãe de Jesus, Filha Primogênita do Pai e Esposa Imaculada do Espírito Santo, realidades sobrenaturais que contemplamos no Rosário.
 
3º – Em agradecimento desta excelência da S.ma Trindade comunicada à Humanidade de Jesus Cristo e a Nossa Senhora.
 
4º – Para agradecer à Trindade divina os Mistérios da Encarnação e os outros Mistérios da Redenção que, vividos por nós, mediante o Rosário, nos hão-de-levar a participar da sua mesma Glória divina. 
 



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