Elogios do Rosário - I

O melhor elogio do Rosário está no próprio Rosário, nas orações que o compõem, nos mistérios que ele oferece a contemplação das almas piedosas, nos efeitos espirituais e materiais que ele produz, na sua sobrevivência e na imensa popularidade de que sempre gozou no seio da Igreja Católica.
 
Mas não deixará de causar forte impressão e de firmar a confiança que já se tem nesta Devoção, uma resenha, muito sucinta embora e muito incompleta, dos elogios e recomendações de que foi alvo, desde a sua introdução na vida dos cristãos.
 
Os Soberanos Pontífices, os Santos, os Autores ascéticos, os homens eminentes em ciência e virtude distinguiram o Rosário com os mais belos elogios, e o recomendaram como um meio eficacíssimo de salvação, quer para as almas individuais, quer para toda a Sociedade cristã. Os PAPAS assinaram às dezenas, Bula e Cartas encíclicas a favor do Rosário, sem falarmos dos Decretos e Rescritos, muito mais numerosos ainda, provenientes das Congregações Romanas, por onde fica bem demonstrada a altíssima importância que o Rosário tem na vida da Igreja Católica. Basta dizer que um único Papa, Leão XIII, promulgou doze Encíclicas e dez Decretos ou Constituições apostólicas sobre o Rosário.
 
Notemos algumas expressões caraterísticas:
Nicolau V chama-o “arvore de vida” - Júlio III, “glória da Igreja”. Sixto V afirma que ele “não só exalta a honra de Deus e da Virgem Santíssima, mas também desvia os perigos que ameaçam o mundo”. – Leão X diz que “foi especialmente instituído contra os heresiarcas e as heresias mais perniciosas”. – S. Pio V escreve que “a medida que o Rosário foi se propagando, os fieis abrasados pela meditação e inflamados pela prece se transformaram de repente em outros homens; as trevas da heresia se dissiparam e a luz da fé rebrilhou em todo o seu fulgor”.          – Gregório XIII assegurava que o Rosário “fora instituído por S. Domingos de Gusmão afim de aplacar a ira de Deus e implorar a intercessão da Virgem Santíssima”.  – Gregório XIV, que é a “devoção mais eficaz para recuperar a graça”. Pio IX não hesitou em declarar que o Rosário “é a súmula dos mistérios da Religião, o compendio do Evangelho, e a oração mais profícua para aumentar no coração dos fiéis a devoção à Maria Santíssima”. – Leão XIII afirmou que o Rosário é “a expressão mais completa da piedade cristã”. – Pio X, de santa memoria, deixou-nos em testamento as seguintes palavras: “Se quiserdes que a paz reine em vossas famílias e em vossa pátria, rezai todos os dias em família o S. Rosário, pois ele é o compendio do Evangelho e dá a paz a todos que rezam...O Rosário é a mais bela de todas as orações, a mais rica de graças e a que mais agrada à santíssima Virgem Maria... Amai o Rosário; rezai-o com devoção: eis o testamento que vos deixo para que vos lembreis de mim”. – São de Bento XV as seguintes frases: “O rosário é a mais bela flor da piedade...E a mais fecunda fonte de graças celestes...
 
Uma oração, sem dúvida, perfeita, pelos confortos que alcança, pelos ensinamentos que proporciona, pelas graças que obtém, pelos triunfos que prepara”. – De Pio XI já transcrevemos no preâmbulo deste livro a encíclica “Ingravescentibus malis”, que não foi o único documento deste Papa sobre o Rosário.
 
Pio XII, gloriosamente reinante, nunca deixou passar o Mês do Rosário sem recomendar ao povo fiel que redobrasse de fervor junto à Mãe de Deus, afim de obter a paz entre as Nações.
 
Se fossemos agora colher testemunhos entre OS SANTOS, havíamos de escrever livros.
S. Carlos Borromeu arcebispo de Milão estabeleceu a Confraria do Rosário em todas as paróquias da sua diocese, e chamava o Rosário “a oração mais divina, depois do Santo Sacrifício da Missa”.
S. Francisco de Sales fizera voto de rezar o Rosário por inteiro, todos os dias de sua vida.
Sto. Afonso de Ligório, grande servo de Maria, não conhecia “entre todas as devoções marianas, uma tão agradável como esta, à Mãe de Deus”.
S. Luiz Maria Grignon de Monfort foi um propagandista do Rosário, que não tem igual “nem na Ordem Dominicana”, diz o Breviário.
Todos os Santos do século passado, e principalmente os mais populares, como o Cura d´Ars, S. João Bosco, Sta. Teresinha, o B. Claret, foram admiráveis devotos do Rosário.
Também faríamos uma lista interminável com o nome dos personagens ilustres e homens eminentes dos tempos modernos que teceram encômios ao Rosário de Maria.
 
Mas para que, se em nossos tempos apareceu e já se fez ouvir o Maior Pregador do Rosário, maior do que S. Domingos, maior que todos os Papas e Santos ou homens ilustres? Queremos dizer a própria Mãe de Deus, MARIA SANTISSIMA. Aparecendo em Lourdes e rezando o Terço com a pequena Bernadette; mostrando-se às três crianças de Fátima, e declarando ser “Nossa Senhora do Rosário”, e insistindo muitas vezes para que se rezasse o Rosário, Ela fez desta Devoção O ELOGIO DEFINITIVO, ao qual todas as vozes da terra nada poderiam acrescentar.
 



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